As pesquisas científicas são classificadas em sua maioria com base em sua abordagem como quantitativa e qualitativa. Essa classificação é dada conforme o foco principal da pesquisa. Sabe-se que podem ser utilizados dados quantitativos em pesquisas qualitativas, no entanto, a análise se concentra em termos qualitativos.  


 A pesquisa quantitativa se concentra na utilização de uma maior quantidade de dados com os quais se busca uma análise mais “matemática”, ou seja, sem influência de opinião do pesquisador, mas com base em métodos quantitativos que permitam inferir sobre o que se apresenta. Contudo, a pesquisa quantitativa necessita de uma análise qualitativa no que tange a interpretação dos resultados. Talvez a parte mais delicada e complexa seja a descrição do que se observa quantitativamente e suas possíveis razões. 


 Observa-se que a utilização da pesquisa quantitativa evoluiu e técnicas mais avançadas vem sendo aplicadas nas pesquisas em Administração. Havia um tempo em que se aplicava estatística descritiva com gráficos e tabelas. Atualmente, além da Estatística Descritiva observa-se a utilização de técnicas como Teste de Hipótese, Regressão e Correlação, Análise Discriminante e Regressão Logística, além de metodologias de análise multicritério. Em boa medida, isso também se deve ao desenvolvimento computacional.  


 Se o uso da abordagem quantitativa se der em uma investigação de mestrado/doutorado, existe uma vantagem adicional. Afinal, todo mestrando/doutorando tem direito a um orientador. Optando pela abordagem quantitativa ele recebe o benefício adicional a um segundo orientador. Ora, o orientador dá direcionamentos, dicas e sugestões. A estatística é uma ferramenta dialética, ou seja, os métodos quantitativos emitem sua opinião sobre os dados que são a eles sujeitados. Infelizmente, não é uma ferramenta lógica pois requer uma análise qualitativa para formar um parecer final em forma de avaliação. 

E que mais pesquisas se utilizem dessas e outras técnicas. 


Profa. Dra. Adriana Kroenke